Governador promete novo concurso para mais de 2 mil PMs e Rodrigo Pimentel denuncia: '4 mil policiais servem como seguranças de políticos, enquanto população fica desprotegida'

“Se cortasse privilégios, dariam seis batalhões novos”, dispara Rodrigo Pimentel sobre uso de PMs no Rio

Polícia “particular” de políticos: denúncia choca cariocas e expõe drama da segurança pública

Cláudio Castro anuncia concurso da PM em 2026, mas Pimentel diz que solução está no fim dos privilégios, enquanto clamor popular por segurança cresce, denúncia revela uso privilegiado do efetivo da PM enquanto governador anuncia concurso para “mais de duas mil vagas”.

No Rio de Janeiro é assim: enquanto milhões clamam por segurança, a tropa azul veste o fardão — mas boa parte não para proteger o povo. O capitão do Bope e ex-comandante do “Tropa de Elite”, Rodrigo Pimentel, soltou o verbo: pelo menos 4 mil policiais militares estão fora das ruas, a serviço direto de deputados, vereadores, prefeitos e autoridades.

Nas palavras de Pimentel, “mais de 10% do efetivo está cedido a outros órgãos”. Ou melhor: é policial na porta de gabinete, servindo café, acompanhando família de político, enquanto cidadãos ficam sem proteção nos bairros. Tem deputado estadual que pega três policiais, federal pega cinco, vereador fica com um e prefeito chega a nove. “Se você trouxesse esses policiais de volta inaugurava no Rio de Janeiro seis batalhões da PM”, dispara Pimentel. Como diz o ditado, “farinha pouca, meu pirão primeiro”.

O capitão não faz rodeios: “Você olha no gabinete, é porrada de policial capanga. Tem policial que mal se formou e já foi lotado direto no gabinete do deputado, sem nunca pisar numa UPP ou patrulhar ruas.” A revolta é direta: “Bem-vindo ao Brasil Júnior, aqui privilégio se disfarça de segurança institucional.”

Enquanto o povo cobra policiamento e esperança, Cláudio Castro usa as redes sociais para anunciar o novo concurso: “2026 é ano de concurso. Mais de duas mil vagas na Polícia Militar do Rio”. O anúncio animou muitos, mas deixa no ar o contraste entre o número de vagas e o contingente de policiais desviados para proteção VIP. Se cortassem os privilégios, o Rio ganharia o dobro de efetivo: dois concursos de uma vez.

No fim das contas, a verdadeira segurança ainda parece fora do alcance da maioria — “quem pode, pode”, e quem não pode, só assiste à promessa de mais polícia. E o carioca? Continua esperando que a polícia volte para seu verdadeiro batalhão: as ruas.

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"4.000 policiais hoje no Rio de Janeiro, 10% do efetivo cedido a outros órgãos. Deputado estadual pega três policiais, deputado federal pega cinco, vereador pega um, prefeito pega nove. Onde estão esses policiais estão tomando conta da segurança das famílias desses políticos. E você cidadão que se foda. Você vai ficar sem policial, mas a minha família vai ter policial. Se você trouxesse esses policiais de volta, você inaugurava no Rio de Janeiro seis batalhões da PM. Você resolvia o problema de milhões de cariocas. Mas esses deputados, muitos daqueles que falam tem que combater o crime você olha no gabinete dele é a porrada de policial capanga dele. Temos casos de um deputado estadual que foi lá na academia de polícia, a policial se formou na academia na segunda-feira, na terça-feira a policial tava lotada no gabinete do cara. A policial nunca trabalhou na vida. Tá no gabinete do deputado há dois mandatos. "Você escolhe a pessoa ainda que vem trabalhar com você" Bem-vindo ao Brasil Júnior. Bem-vindo ao Brasil"

Foto: Rede Social e Entrevista Rodrigo Pimentel ao Ultima Hora "Rio Exporta Crime: Rodrigo Pimentel, Ex-Capitão do BOPE revela como Tropa de Elite mudou a realidade da Segurança Pública"

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