Governo reage à escalada de crimes no transporte com presença de policiais em ônibus do RJ

‘RAS em ação’: militares, civis e guardas reforçam segurança nos coletivos metropolitanos

Castro sanciona lei e policiais armados entram em ônibus do RJ para conter onda de assaltos

O governador Cláudio Castro sancionou nesta sexta-feira uma nova lei que promete mudar – e proteger – a rotina de quem utiliza o transporte coletivo na região metropolitana do Rio de Janeiro. Batizada de “Ônibus Seguro”, a legislação determina que policiais armados passem a atuar dentro dos coletivos, com objetivo claro: reagir à explosão dos assaltos e devolver a sensação de segurança aos passageiros e motoristas.

O programa prevê a atuação de policiais militares, civis, penais e guardas municipais, convocados em dias de folga por meio do Regime Adicional de Serviço (RAS). A ação será definida a partir de dados de inteligência e índices de violência, com a articulação entre o governo estadual, as prefeituras e a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro.

A medida atende a uma demanda urgente da sociedade. Nos três primeiros meses de 2025, o Rio já soma mais de mil roubos a ônibus, um salto de quase 30% em relação ao mesmo período do ano anterior. O drama cotidiano de passageiros ficou marcado esta semana, quando 30 pessoas foram feitas reféns em um coletivo da Baixada para o centro. O vídeo de vítimas deitadas no chão rodou as redes, chocou o país e acelerou as decisões.

A violência não atinge só passageiros. Motoristas e rodoviários também vivem ameaçados. Entre 2022 e 2024, cerca de 250 funcionários abandonaram a profissão após assaltos ou agressões. Ainda hoje, centenas seguem afastados por traumas e medo de voltar às ruas. Os sequestros de ônibus por facções criminosas também cresceram: em 2025, ao menos 50 coletivos foram tomados como barricadas em disputas pelo território.

Em nota, o governo enfatizou que o programa começa imediatamente, e será monitorado para garantir que a presença dos agentes traga resultado real para a população. O desafio é grande: devolver ao Rio o direito básico de ir e vir em paz.

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