Pandemia no Brasil: um ano de dor e luta na Enfermagem

Pandemia no Brasil: um ano de dor e luta na Enfermagem

Há um ano, começou a maior tragédia sanitária da humanidade desde a Gripe Espanhola, ocorrida no começo do século XX: a pandemia de Covid-19, causada pelo novo coronavírus decretada oficialmente pela OMS em 11 de março de 2020. 

Há um ano. começou o maior desafio histórico da Saúde no mundo, há um ano, o governo do Rio de Janeiro criava o Gabinete de Crise para combater o coronavírus. Há um ano o estado do Rio de Janeiro reconheceu a situação de emergência em saúde por meio do Decreto nº 46.973, de 16 de março de 2020. 

Há um ano. a enfermagem vem salvando vidas na linha de frente da assistência aos infectados com a Covid-19, mesmo em meio ao caos do sucateamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e a omissão das autoridades públicas. 

Há um ano. a enfermagem trabalha no limite da exaustão física e emocional, nas emergências e nas UTIs. Sem EPIs suficientes e adequados, a enfermagem adoece de Covid. 

Há um ano testemunhamos a uma progressão que hoje chega a milhares de mortes diárias no país. Há um ano a enfermagem morre e é a categoria com mais óbitos no mundo. Até o momento, o Brasil responde por um terço do total de mortes pela Covid-19 entre os profissionais da Enfermagem no mundo.  

Números de profissionais mortos no Brasil: 649. Nos estados, o Rio de Janeiro ocupa o terceiro lugar do ranking de óbitos na enfermagem, com 63 casos, atrás do Amapá (79) e de São Paulo (91). O Rio de Janeiro soma hoje 5.198 casos reportados de infecção de profissionais da Enfermagem por Covid-19. 

Não somos heróis, mas sobreviventes que precisam ter saúde para promover saúde à população. É a Enfermagem que cuida na beira do leito dos doentes. É a Enfermagem que vacina. 

Vacinação urgente contra a covid-19 para toda a enfermagem!

*** Por Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro – COREN-RJ.

Foto: Reprodução.

Por Ultima Hora em 11/03/2021
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