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A China acaba de dar mais um salto na integração entre tecnologia e medicina. No fim de abril, a renomada Universidade Tsinghua, em Pequim, inaugurou oficialmente o seu Hospital de Agentes de Inteligência Artificial, o primeiro do tipo no país e um dos primeiros do mundo. A cerimônia foi realizada no campus principal da universidade, com a presença do reitor Li Luming, do vice-presidente Wang Hongwei e de representantes da comunidade médica e científica chinesa.
A novidade, no entanto, ainda não funcionará no mundo físico: o hospital é totalmente virtual. Os atendimentos são realizados por robôs médicos, enquanto pacientes e enfermeiros também são simulados por bots baseados em IA. Essa primeira fase funcionará como uma plataforma de testes para calibrar os algoritmos antes da aplicação em cenários reais.
Saúde, engenharia e inovação conectadas
Segundo o reitor Li Luming, o projeto é resultado do esforço da universidade em promover a convergência entre medicina e engenharia, e busca formar profissionais capazes de lidar com tecnologias de ponta no setor da saúde. “Nosso objetivo é criar um novo modelo de atendimento médico, centrado na inovação e na eficiência”, afirmou durante a inauguração.
A estrutura virtual será utilizada como base para projetos-piloto em dois hospitais ligados à universidade: o Hospital Tsinghua Changgung e o Hospital Virtual Tsinghua Changgung, ambos localizados em Pequim.
Os testes iniciais envolverão especialidades como Clínica Geral, Oftalmologia, Diagnóstico por Imagem e Medicina Respiratória.
Consultas em massa e diagnósticos com 93% de precisão
A expectativa da equipe é ambiciosa: em breve, os robôs médicos poderão realizar até 3 mil consultas por dia. Segundo os desenvolvedores, os sistemas de inteligência artificial já atingiram 93% de acerto em diagnósticos, com capacidade de solicitar exames, interpretar resultados, prescrever tratamentos e acompanhar o progresso dos pacientes.
Além do atendimento, o hospital virtual terá um papel importante na formação de novos profissionais. A proposta é integrar saúde, educação e pesquisa em um único ambiente digital, oferecendo treinamento para estudantes de medicina, testes de algoritmos e novas formas de acesso à saúde de qualidade — mais rápida e acessível.
Lançamento do Programa Clínico Acadêmico
Durante a cerimônia, a universidade também apresentou o Programa Clínico Acadêmico (ACP), que vai reunir médicos, pesquisadores e estudantes em equipes multidisciplinares voltadas para o desenvolvimento de soluções tecnológicas na área da saúde. O programa começou com duas equipes iniciais: uma em Clínica Geral e outra em Radiologia.
Com a iniciativa, a Universidade Tsinghua se posiciona como um dos principais polos de inovação médica da China, combinando inteligência artificial, educação e sistema de saúde em um modelo que pode transformar o futuro da medicina global.
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