Comissão dos Povos Originários é lançada no Rio de Janeiro com foco na capacitação jurídica e defesa dos direitos indígenas

  Hoje, no Dia dos Povos Indígenas, o Rio de Janeiro testemunhou o lançamento da Comissão dos Povos Originários, em um evento marcado pela busca pelo respeito e pela proteção dos direitos dessas comunidades historicamente marginalizadas. O presidente da Comissão, Dr. Edson, destacou a importância deste marco em meio a uma luta contínua pela justiça e pelo reconhecimento.

"A importância é por demais justificada porque os povos originários, vejam bem, eles tiveram as suas terras invadidas e de lá para cá seus direitos foram totalmente usurpados, foram escravizados, mortos", enfatizou o Dr. Edson. A comissão tem como objetivo primordial capacitar advogados para transmitir aos povos originários o conhecimento de seus direitos, capacitando-os para exercê-los plenamente.

O lançamento da Comissão contou com uma diversidade de representantes de várias aldeias, demonstrando a união e a força dessas comunidades na busca por justiça e dignidade. O Dr. Edson ressaltou que a Comissão não será responsável por exercer diretamente esses direitos, mas sim por fornecer suporte jurídico e denunciar violações.

Uma parceria estratégica com a Associação dos Povos Originários fortalece ainda mais essa iniciativa, garantindo que os povos indígenas tenham voz ativa na defesa de seus direitos. O anúncio recente de novas demarcações pelo governo federal foi recebido com entusiasmo, porém, a Comissão irá permanecer vigilante, denunciando qualquer falha na implementação das políticas necessárias.

"Os povos indígenas, os povos originários, eles estão cansados apenas do assistencialismo; o que eles querem é o respeito", afirmou o Dr. Edson. "Vamos passar a exigência desse respeito, porque a liberdade só se dá quando você conhece os seus direitos e passa a exercê-los."

A Comissão dos Povos Originários é um passo significativo rumo à justiça e à igualdade para as comunidades indígenas no Rio de Janeiro e em todo o Brasil.

Por Jéssica Porto e Robson Talber/ Repórter Ralph Lichotti