Liberdade Religiosa em Pauta

  O Partido Renovação Democrático PRD criou no último sábado, (27), a Secretaria de Promoção da Liberdade Religiosa e a Delegacia Partidária de combate a Intolerância Religiosa.  Com o objetivo de estabelecer as
diretrizes da política partidária,  para promoção e defesa da  Liberdade Religiosa, e tratar  os temas que envolvem a cultura e  religiões de matrizes africanas. 

O Bàbálórìsa Marcos Vinícios de Omolu vai ficar à frente das duas Pastas. Pai Marcos Vinícios é Bàbálórìsa a mais de 40 anos, sendo um dos nomes mais respeitados do Candomblé no Rio de Janeiro, Marcos Vinícios também é Fisioterapeuta, Bacharel em Direito, Empresário, fundador do Asè Olaria, e atualmente presidente do Instituto Igí Lodà.

 A cerimônia  aconteceu no Sítio Novo Olaria, em Sulacap, e contou com a com a participação de aproximadamente 800 pesssoas entre simpatizantes  sacerdotes de  diversos seguimentos religiosos de todo país,  dentre eles Mãe Márcia Marçal, Pai kil, Mãe Alda, Mãe Badeci 
Pai igileké, Mãe Índia do Bogun, Mãe carmem, Pai Claudinho, Pai Karlito 
Mãe Alexandra de Osun 
Ojé Braga, André de Omolu, Marcelo de exu 
Marquinhos de Ogum 
Pai Germanno, Pai Robinho de Onira, Pai Antônio Carlos de Oxossi e Rodrigo de Oxoguiam.

Pai Marcos destacou a importância da união dos povos de terreiro.  E afirmou que é fundamental ter representantes das religiões de Matrizes Africanas na política, para lutar por direitos e contra os ataques sofridos. "Precisamos votar e eleger pessoas iniciadas que tenham compromisso com a nossa  cultura, nossa fé e que possam lutar contra o racismo e a intolerância.

"Nós temos que nos unir em uma só voz para viver em paz, temos que participar da política e das decisões que acontcem nas casas legislativas e em todos os espaços de poder.  A política quando é feita da forma correta, é um agente transformador.

Vamos juntos lutar e transformar este cenário onde tentam nos agredir e nos calar, são casas de santo sendo atacadas, queimadas, nossa ancestralidade, nossa fé sendo criminalizadas, precisamos combater a intolerância. Precisamos tocar nossos candomblés em paz, se ficar preocupados se nossos filhos serão agredidos na rua, e isso só será possível se estivermos  unidos em uma só voz para que nos respeitem. Hoje reunimos aqui lideranças religiosas de todo país,  temos São Paulo, Pernambuco, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Brasília, de diversos segmentos das culturas afro-brasileiras e amerindias, tivemos aqui hoje representantes da Jurema, do Candomblé, da Umbanda, Quimbanda, Ifá. Todos emanados no bem e empenhados à combater todos os tipos de discriminação e preconceito.