Quaquá de Maricá X Resto do PT carioca e poder: bastidores da nova era política no PT do Rio

O 'prefeitinho' que virou gigante: bastidores do orçamento bilionário e influência nacional

Disputa à presidência do PTRJ esquenta, com listas de peso nas candidaturas

O Partido dos Trabalhadores do Rio de Janeiro vive um momento inédito de crescimento e influência nacional. Impulsionado por nomes de peso, como o prefeito da pequena e pacata bilionária cidade de Maricá Quaquá, articulado por uma base militante e quase aguerrida e quase muito politizada, cresce feito bucha na cerca na base do ouro preto de Maricá e quebrou recordes e alcançou o maior número de novas filiações do Brasil na atual etapa de recadastramento partidário, embora muitas das filiações estejam sendo impugnadas.

A ascensão coloca o diretório fluminense como ponto central das disputas políticas internas, mirando cerca de 30% das vagas no diretório nacional — feito expressivo diante pequena representatividade do PT do Rio no Congresso Nacional, pois o Rio conta apenas com 3 deputados numa bancada de 70 deputados federais do PT em todo o país.

A eleição interna ganha ainda mais relevância com a inscrição de candidaturas à presidência do diretório regional do PT.

Diego Zeidan e Reimont surgem como nomes de destaque, enquanto nove chapas apresentam propostas que vão do fortalecimento da militância de base até o engajamento comunitário. As chapas — de "CNB Favela" a "Unidade por um partido democrático e militante" — compõem um mosaico das diferentes correntes que lutam para determinar os novos rumos da legenda.

PT do Bilhão de Maricá x PT Raiz

De um lado a cria de Quaquá seu filho Diego que acabou de ser colocado na politica de cima para baixo e do outro uma chapa encabeçada pelo Deputado Federal Reimont e a marcante representstividade de parlamentares e ativistas e lideres reconhecidos nacionalmente como André Ceciliano, Benedita da Silva, Lindbergh, Tainá de Paula, Marina do MST, Elika Takimoto, Maira do MST, Leonel de Moura, Manoel Severino, Olavo AE e Marcelo Sereno, reforça o peso das lideranças locais na definição do futuro do PT.

Mesmo com baixa representatividade a força do dinheiro, de vencer de lavada, a força orgânica, mas a mobilização das bases criam expectativas sobre a capacidade de influenciar decisões nacionais e renovar práticas políticas do partido.

Resumo do Ped

Quaquá e Cia

x

Andre Ceciliano 
Benedita 
Lindbergh 
Tainá de Paula
Marina do MST
Reimont
Elika Takimoto
Maira do MST 
Leonel de Esquerda
Manoel Severino
Olavo AE
Marcelo Sereno

PED 2025 PTRJ

Balanço da inscrição de Candidaturas e chapas.

Candidatos à Presidência do PTRJ

•DIEGO ZEIDAN 

•REIMONT

Chapas:

•CAMPO DEMOCRÁTICO 

•CNB FAVELA 

•COMUNITÁRIO PRESENTE 

•É NA LUTA QUE A GENTE SE ENCONTRA 

•PARTIDO PELA BASE

•SOCIALISMO E LUTA

•LUTA

•UNIDADE POR UM PARTIDO DEMOCRÁTICO E MILITANTE

•UNINDO FORÇAS 

Lançamento da candidatura de Quaquá à presidência do PT, com apoio de artistas e escolas de samba, escancara o racha na corrente dominante e desafia o nome preferido pelo presidente Lula.

O cenário político dentro do Partido dos Trabalhadores (PT) foi chacoalhado nesta semana com o anúncio da candidatura de Washington Quaquá, prefeito de Maricá (RJ) e vice-presidente nacional do partido, para comandar a sigla.

O lançamento oficial acontece no lendário Circo Voador, no Rio de Janeiro, embalada por shows de Moacir Luz, Neguinho da Beija-Flor, além das baterias da Mangueira e da União de Maricá, escola presidida por Quaquá. O gesto, além de mirar as bases do partido, é visto como um recado claro de resistência e pluralidade.

A disputa se dá em meio a uma crise sem precedentes na maior corrente interna do PT, a Construindo um Novo Brasil (CNB). Até então, o grupo vinha alinhando forças em torno de Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara e nome favorito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Edinho coleciona apoios de pesos pesados do partido, como José Dirceu, Jaques Wagner, Wellington Dias, Fernando Haddad e Alexandre Padilha. Mas o avanço de setores do partido que rejeitam um consenso obrigou as lideranças a recalcular o caminho para a unidade.

O lançamento da candidatura alternativa de Quaquá expõe divergências profundas, tornando público o racha entre lideranças históricas e alas que defendem maior autonomia das bases. O cenário foi agravado pela nota oficial da CNB, em março, que pregava “unidade partidária”. O texto foi interpretado como pressão para que Edinho costurasse apoios, mas serviu mesmo como alerta para o tamanho das resistências internas.

Com as regras do jogo já estabelecidas, a eleição que definirá o futuro presidente do PT acontecerá em 6 de julho e será a primeira em formato de eleição direta desde 2013, permitindo que cada filiado escolha seu candidato na urna eletrônica. Apenas diretórios municipais registrados até 30 de abril, e filiados cujo pedido de adesão foi feito até 28 de fevereiro deste ano, poderão participar do pleito. As reuniões estaduais antecederão, ocorrendo entre 19 e 27 de julho, com grande expectativa para o Encontro Nacional nos primeiros três dias de agosto.

A movimentação de Washington Quaquá agrega valor simbólico ao contar com a tradição do samba como pano de fundo, buscando dialogar não só com militantes, mas com diferentes setores da sociedade. O PT, que já enfrentou avaliações públicas delicadas em episódios recentes, agora precisa se reinventar para lidar com sua democracia interna mais exposta – e fragmentada – do que nunca.

o debate acirrado, o PT do Rio se afirma como protagonista na disputa pelo protagonismo interno e nacional. O resultado do PED 2025 é aguardado com expectativa por militantes e lideranças de todo o país, apontando para uma nova era de influência e militância renovada na legenda.

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