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Vereador Rafael Satiê: "Negro conservador quebra paradigma na política carioca". Presidente estadual do PLJ-RJ e um dos vereadores mais votados do Rio de Janeiro desafia estereótipos ao conquistar eleitores em áreas nobres e defender valores conservadores.
Em entrevista exclusiva ao Última Hora, o vereador Rafael Satiê, presidente da Comissão de Combate ao Racismo e um dos mais votados do Rio de Janeiro, compartilhou sua trajetória política e quebrou paradigmas sobre a representatividade negra na política. Nascido e criado na favela do Jacarezinho, Satiê destacou que sua base eleitoral vai muito além das comunidades.
"Nunca fiz política com essa questão de 'eu sou do Jacaré, eu sou da comunidade, sou da favela'. Muito pelo contrário, os meus votos inclusive estão na Barra da Tijuca, estão em Campo Grande, estão na Tijuca, estão nos bairros com um índice de desenvolvimento muito maior do que a favela do Jacarezinho", afirmou o vereador.
Comunicador eficiente que vai além do "vereador TikTok"
Quando questionado sobre sua atuação como influenciador, Satiê fez questão de diferenciar seu trabalho de outros que ganham visibilidade nas redes sociais. "Eu sou muito mais do que um influenciador. A profissão de influencer acabou sendo um pouco banalizada com as redes sociais. Eu não sou um 'vereador TikTok'", declarou.
O parlamentar explicou que sua comunicação vai além dos números de visualizações. "Hoje você tem pessoas que têm milhões de visualizações, mas quando vão às urnas têm pouco menos de 1.000 votos. Isso mostra claramente a diferença entre aquele que influencia com o vídeo e aquele que conquista credibilidade", pontuou.
Conservadorismo nas favelas e a influência religiosa
Um dos pontos mais interessantes abordados por Satiê foi sua análise sobre o conservadorismo nas comunidades. Segundo ele, as favelas têm uma forte tendência conservadora devido à influência das células religiosas.
"A favela é conservadora devido à influência das células religiosas, sejam evangélicas, cristãs protestantes, católicas, espíritas e tantas outras religiões que influenciam para o bem os moradores da favela. Por essa razão, eles acabam tendo essa identificação com o meu discurso e com a minha comunicação", explicou.
Crítica ao modelo tradicional de política municipal
O vereador criticou o modelo tradicional de política municipal, onde parlamentares se limitam a atuar como "subprefeitos" de determinadas regiões. "Se criou uma perspectiva de que o vereador tem que asfaltar rua, tapar buraco, podar árvore, cuidar da iluminação. Isso nunca foi prerrogativa de um legislador", afirmou.
Satiê afirma que a cidade é "fatiada por feudos" onde vereadores se "retroalimentam no poder" por meio de serviços que deveriam ser executados pela prefeitura. "Eu não fui eleito para ser subprefeito do Rio de Janeiro. Fui eleito para ser vereador e justamente fiscalizar o poder executivo", ressaltou.
Capitalismo como solução para as comunidades
Em uma análise surpreendente, o vereador defendeu que o capitalismo é a solução para os problemas das comunidades. "Minha pauta sempre foi do empreendedorismo, do capitalismo. O favelado se conecta com esse discurso porque ele é capitalista", argumentou.
"Tudo que o favelado tem é fruto do pouco do capitalismo que lhe foi entregue. Tudo que o favelado não tem é fruto de um estado inchado que promete e nunca entrega. O favelado não tem saúde, educação, saneamento básico e segurança, que são atribuições do estado. Mas o favelado tem celular, Smart TV, carro, moto, roupa de marca, porque ele trabalhou", explicou Satiê.
Liberdade de atuação em territórios conflagrados
Questionado sobre possíveis restrições à sua atuação em áreas dominadas por facções criminosas, Satiê afirmou ter total autonomia em seu mandato. "Eu tenho total autonomia no meu mandato. Meu mandato é livre, é um mandato para a cidade do Rio de Janeiro. Não estou restrito a bairros, não tenho uma área geográfica na qual eu deva ou possa atuar", declarou.
Planos para 2026 e apoio a Bolsonaro
Sobre seus planos futuros, o vereador revelou que está focado em construir a juventude partidária, tendo sido nomeado presidente da juventude do PL no estado do Rio de Janeiro e coordenador geral de mobilização do PL nacional.
Satiê não escondeu seu apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. "O Bolsonaro é o epicentro da minha virada política. Devo tudo que tenho politicamente falando ao presidente Jair Messias Bolsonaro e à sua família que confiou em mim", declarou.
Para 2026, o vereador foi enfático: "É Bolsonaro em primeira opção, segunda opção Bolsonaro, e se der tudo errado, é Bolsonaro como terceira opção".
Evento do PLJ reúne lideranças nacionais no Rio
O parlamentar também anunciou um evento do PLJ que acontecerá no Rio de Janeiro, com a presença de importantes figuras políticas conservadoras. "Vai ter um mega evento com parlamentares vindo de todo o Brasil para participar do PLJ aqui no Rio de Janeiro, que vai acontecer no próximo dia 10, a partir das 2 horas da tarde, na Barra da Tijuca, na Vila das Américas", informou.
Entre os convidados confirmados estão Carmelo Neto, Pablo Almeida (vereador mais votado da história de Belo Horizonte) e Pavanato, vereador com impressionantes 160 mil votos, além da juventude do PL do estado do Rio de Janeiro, que estará presente em peso.
A entrevista de Rafael Satiê demonstra como o político tem se posicionado como uma voz conservadora que desafia estereótipos sobre a representatividade negra na política, apresentando uma visão alternativa sobre o papel do vereador e as soluções para os problemas das comunidades cariocas.
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Rafael Satiê: "Não sou vereador TikTok, sou comunicador com credibilidade"
Por Robson Talber
Repórter Ralph Lichotti - Advogado e Jornalista, Editor do Ultima Hora Online e Jornal da República, Foi Sócio Diretor do Jornal O Fluminense e acionista majoritário do Tribuna da Imprensa, Secretário Geral da Associação Nacional, Internacional de Imprensa - ANI, Ex- Secretário Municipal de Receita de Itaperuna-RJ, Ex-Presidente da Comissão de Sindicância e Conselheiro da Associação Brasileira de Imprensa - ABI - MTb 31.335/RJ
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