A história e memória da cultura afrodescendente do Rio cantada pelo cantor Alè

O single 

A história e memória da cultura afrodescendente do Rio cantada pelo cantor Alè

Celebrar os antepassados e preservar a memória por meio da música. Assim, o músico Alè passeia pelas referências e emoções, debuta pelas raízes da cultura afro-brasileira com o single - já disponível nas plataformas digitais - "Pretas e Pretos Novos", uma homenagem à história do Cais do Valongo, região conhecida como o lar histórico da comunidade afro-brasileira localizada na Pequena África (Gamboa), zona portuária do Rio de Janeiro.

Pretas e pretos novos era como os comerciantes de escravos tratavam os quase um milhão de africanos que aportaram na cidade. O trabalho de Alè dialoga de forma direta sobre o martírio vivido por essa população, e exalta a resistência do povo negro. 

As ideias ecoam assim como a de suas referências: Luiz Antônio Simas, Douglas Germano, Metá Metá, Bongar, Chico Science, Paulinho da Viola, Baden Powell (afro-sambas), Dorival Caymmi, Fatoumata Diawara, Lenine , entre outros. 

Alè, artista que canta e celebra a memória afrodescendente do Rio. Foto: Divulgação.

A jornalista e escritora Eliana Alvez Cruz, autora do livro “O Crime do Cais do Valongo”, explica a questão: 

“O Brasil como conhecemos não existe sem o Valongo, esta grande encruzilhada do mundo negro em terras americanas que juntou idiomas, religiões, costumes, ciências, filosofias. Uma riqueza incomensurável e pouco conhecida por uma grande parcela de país ignorante de si e que anda em círculos porque, como efeito colateral do desconhecimento sobre o passado, caminha repetindo erros e eternizando morte e exclusões.” (Cais do Valongo, régua e compasso para o mundo – A história que ainda precisa ser contada – ICL Notícias – 21.03.2024). 

“A história deste lugar precisa ser contada através da literatura, do cinema, das artes plásticas, do teatro e da música. O Cais do Valongo deu régua e compasso para o Rio e para o Brasil” - ressalta o músico. O single foi produzido por Alè e JJ Aquino (Djangos, Roda de Ska), mixada e masterizada por Raquel Lázaro, e conduzido pelo ritmo do Ijexá, num arranjo que dialoga entre instrumentos tradicionais das macumbas brasileiras como os atabaques, agogô, berimbau e tendo como base a bateria, o violão e o contrabaixo.

Nos últimos quatro anos, Alè vem apresentando suas composições nas redes sociais, e participou de alguns festivais de musica no Rio de Janeiro, apresentando o repertório do seu futuro álbum e show “Macumbas & Afins”.

“Pretas & Pretos Novos”

Alè

Independente 

Nas plataformas digitais: https://linktr.ee/Ale.compositor 

 

Por Cultura e Entretenimento em 19/04/2024
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