A resiliência do Duque-caxiense: em meio ao caos o povo continua seguindo em frente

Durante outro incidente de terror vivido pelos cidadãos, parte da cidade segue sua vida cotidiana normalmente como se nada estivesse ocorrendo a pouquíssimos quilômetros do local. Algo inimaginável até pouco tempo atrás.

 A resiliência do Duque-caxiense: em meio ao caos o povo continua seguindo em frente



Enquanto a Rodovia Washington Luiz (BR-040) era palco de mais um episódio de violência em Duque de Caxias nesta quinta-feira (16), a cidade seguia seu curso normal como se nada estivesse acontecendo. Algo inconcebível até pouco tempo atrás. O fato de as pessoas estarem circulando pelos calçadões e ruas, agindo normalmente, mesmo com o caos instaurado a pouquíssimos quilômetros dali, é surpreendente e, ao mesmo tempo, preocupante. Isso nos faz refletir sobre a banalização da violência e sobre como nos tornamos insensíveis a ela.

O número de ônibus incendiados nos bairros de Gramacho, Pilar e Santa Cruz da Serra é alarmante e o prejuízo financeiro é grande, mas o maior prejuízo é para a população que depende do transporte público. O episódio reforça a necessidade de adoção de medidas urgentes das autoridades responsáveis pela segurança pública e pelo transporte. Mas, infelizmente, o abandono e a ineficiência do Estado em fornecer uma melhor qualidade de vida através das Políticas Públicas tem se tornado cada vez mais evidentes e gerando revolta e desprezo dos habitantes dos grandes centros urbanos.


A tranquilidade aparente dos cidadãos diante da violência que os cercam revela uma preocupante falta de empatia e indignação. Já nos acostumamos com o medo, com a sensação constante de insegurança e com a violência que permeia nossas cidades, principalmente Rio (capital) e Grande Rio. E isso é uma demonstração clara da falência do Estado em garantir a segurança e o bem-estar dos seus residentes.
 

É hora de refletirmos sobre como podemos mudar essa realidade e exigir que o Estado cumpra seu papel de fornecer serviços públicos de qualidade e garantir a segurança da população. Não podemos nos acostumar com a violência e a ineficiência do Estado. Precisamos exigir mudanças e trabalhar juntos para construir um futuro melhor e mais justo para todos. Afinal, a vida de cada cidadão, seja ele morador da Baixada Fluminense, Barra ou Zona Sul, tem um valor inestimável e merece ser respeitada e protegida.

 

Por: Léo Paes Mamoni / imagem: redes

 

Por Ultima Hora em 16/03/2023
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