Cássio Coelho destaca impacto econômico do setor energético nos 92 municípios fluminenses durante seminário na Barra da Tijuca

Rio produz 89% do petróleo brasileiro e recebe R$ 24 bilhões em royalties, revela secretário

O Campo de Golfe Olímpico, na Barra da Tijuca, foi palco nesta quinta-feira do seminário "A FORÇA DO PETRÓLEO DO RIO DE JANEIRO: UM GIGANTE ENERGÉTICO", evento que reuniu autoridades, parlamentares e especialistas para discutir o papel central do estado na produção energética nacional. Em entrevista exclusiva ao Jornal da República, o secretário de Estado de Energias e Economia do Mar, Cássio Coelho, revelou números que impressionam: o Rio de Janeiro é responsável por 89% da produção de petróleo e 76% da produção de gás natural do Brasil.

"O estado precisava de um evento como esse, dedicado ao petróleo e gás. O estado do Rio de Janeiro é o maior produtor de petróleo e gás do Brasil", afirmou Cássio Coelho, destacando a relevância de reunir especialistas, autoridades e parlamentares para debater um setor que é pilar da economia fluminense. Segundo o secretário, o impacto financeiro dessa atividade é monumental: "O Rio de Janeiro tem uma receita que vem dos royalties muito forte. Em 2024, recebeu 24 bilhões de reais só em royalties e participações especiais."

A capilaridade desses recursos pelo território fluminense foi ressaltada por Cássio Coelho como um dos grandes benefícios do setor para a população. "Dos 92 municípios, todos recebem royalties e participações especiais." Só os seis municípios que mais recebem royalties receberam mais de 6 bilhões de reais", explicou o secretário, enfatizando que esses recursos são aplicados prioritariamente em educação, saúde e infraestrutura, setores fundamentais para o desenvolvimento social. Essa distribuição de riqueza proveniente do petróleo representa uma fonte vital de financiamento para políticas públicas em todo o estado.

Durante a entrevista, o secretário também abordou um tema que gerou debates no evento: a distribuição dos royalties entre os entes federativos. "Foi levantada uma discussão também sobre a questão da União, do governo federal, que fica com a maior parte. Alguns parlamentares levantaram que tem que ter um equilíbrio maior, isso tem que ser discutido, já que essa exploração é toda feita praticamente no Rio de Janeiro, na Bacia de Campos, na Bacia de Santos, em especial no pré-sal", pontuou Cássio Coelho, sinalizando que há um movimento para rever os percentuais de distribuição dos recursos.

Além da atual produção, Cássio Coelho destacou o potencial do estado para contribuir com o desenvolvimento do setor em outras regiões do país, graças ao conhecimento acumulado em cinco décadas. "O Rio de Janeiro também tem 50 anos de experiência e tecnologia desenvolvida aqui, que poderá servir inclusive para a Margem Equatorial, se vier a ser explorada naquela região, beneficiando outros estados", concluiu o secretário, demonstrando que o protagonismo fluminense no setor não se resume apenas à produção, mas se estende ao domínio tecnológico e à capacidade de inovação que podem impulsionar a indústria em escala nacional.

Por Robson Talber @robsontalber repórter  Oscar Muller  @oscarmulleroficial

 

Por Ultima Hora em 11/04/2025
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