Ex-vereador Bolsonarista Major Elitusalem vende fuzis parcelados no WhatsApp e vira alvo de críticas

Fuzil de entrada e 10 vezes no boleto: denúncia revela comércio de armas por ex-vereador

Ex-vereador Bolsonarista Major Elitusalem vende fuzis parcelados no WhatsApp e vira alvo de críticas

Major Elitusalem, ex-PM e político, anuncia fuzis no boleto e expõe brechas na legislação

O major da reserva da Polícia Militar do Rio e ex-vereador Elitusalem Gomes de Freitas, figura ligada ao bolsonarismo, voltou ao centro das atenções ao utilizar sua lista de transmissão no WhatsApp para anunciar a venda de armas de uso restrito, como fuzis semiautomáticos Fire Eagle, e pistolas, diretamente para Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CACs). O diferencial? A oferta de parcelamento em até 10 vezes, com entrada facilitada e pagamento via boleto, numa comunicação informal que viralizou entre grupos de direita e nas redes sociais.

A divulgação do negócio ressalta as brechas do marco regulatório do setor, especialmente após o crescimento do número de CACs nos últimos anos. Para adquirir o fuzil, o interessado precisa enviar cópia de identidade, CPF, comprovante de residência e e-mail para formalização da compra — procedimento simplificado em comparação às exigências tradicionais dos órgãos fiscalizadores. “Fuzil no boleto bancário, vem que aqui tem”, diz o anúncio.

Ex-vereador bolsonarista do Rio vende fuzis parcelados pelo WhatsApp e escancara debate sobre controle de armas

Em nota, Elitusalem, que já fez carreira como vereador do Rio e disputou mandatos em 2022 e 2024, alega que está apenas disseminando “aquisição legal de armas de fogo pelo cidadão de bem” e acusa a imprensa de tentar “denegrir as lideranças de direita”. Antes de focar em armas, já havia utilizado sua rede para anúncios de imóveis e veículos de luxo, transformando a lista de transmissão em uma vitrine comercial.

A trajetória de Elitusalem inclui episódios controversos: em 2019, foi condenado a dois meses de prisão em regime aberto por críticas ao comando da PM-RJ, mas absolvido por incitação à violência após defender publicamente a morte de “50 vagabundos para cada policial morto”. O episódio reforçou sua imagem de linha-dura, mas também levantou discussões sobre os limites da atuação política de ex-militares.

Especialistas alertam: a comercialização direta por aplicativos, ainda que só para CACs, aponta para falhas de fiscalização e para um cenário de pulverização do mercado de armas — potencializando riscos e dificultando o controle estatal sobre o armamento pesado em circulação no país. O tema promete novas discussões no Parlamento e acirra o debate nacional sobre regulação e segurança pública.

#MajorElitusalem
#VendaDeFuzis
#WhatsAppArmas
#CACBrasil
#ArmasDeUsoRestrito
#WagnerBolsonarista
#PolíticaDeSegurança
#LegislaçãoDeArmas
#LimitesDoPoder
#RegulaçãoDeArmas

Por Ultima Hora em 07/05/2025
Publicidade
Aguarde..