Gente da Gente na Linha de Frente: Voluntários de Nova Iguaçu se preparam pra apagar incêndios nas matas  

Gente da Gente na Linha de Frente: Voluntários de Nova Iguaçu se preparam pra apagar incêndios nas matas  

Na lida contra as queimadas que insistem em aparecer pelas bandas de Nova Iguaçu, a galera resolveu arregaçar as mangas. Nesta segunda (5), 33 moradores da cidade encararam um treinamento pra lá de importante: aprenderam, na prática, como apagar focos de incêndio no mato. O palco do treino foi o Morro do Cruzeiro, na famosa Serra do Vulcão, e o pessoal aprendeu de tudo um pouco – desde como o fogo se comporta até como usar as bombas costais e abafadores pra domar as chamas.

Esse esquenta aí é parte de um projeto que já rola há três anos e tem um objetivo claro: preparar o povo que mora perto das áreas de mata pra ajudar no combate e na prevenção dos incêndios florestais. Na semana passada, a turma teve aula teórica e, agora, botou a mão na massa – ou melhor, no abafador.

O projeto é fruto de uma parceria entre as secretarias de Agricultura e Meio Ambiente e a Defesa Civil, com apoio da Guarda Ambiental. Eles são os que entram em campo quando o mato começa a pegar fogo, mas agora vão poder contar com a ajuda dessa galera de fibra.

E não é à toa esse esforço todo, não. Só neste ano, já foram registradas seis ocorrências de queimadas em Nova Iguaçu. No ano passado, foram 57. Os principais alvos? Áreas importantes como a APA Estadual Gericinó-Mendanha, o Parque Estadual do Mendanha e o Parque Natural Municipal.

Carlos Januzzi, que cuida da APA Tinguá, explicou que o treinamento ajuda não só no combate, mas também na prevenção. Os voluntários vão participar de mutirões que fazem a tal da “faixa de proteção” – basicamente, uma limpeza no terreno pra impedir que o fogo avance mato adentro.

E teve gente que saiu do treinamento com o peito cheio de orgulho. A jovem bombeira civil Thuane Linhares, de 25 anos, mora perto da mata e fez questão de participar. “Agora tô pronta pra ajudar. Sei que posso fazer a diferença se o bicho pegar por aqui”, contou ela, animada.

Com fogo não se brinca. Mas quando o povo se junta, vira chama de solidariedade – e essa, ninguém apaga.

Por: Arinos Monge.

Por Ultima Hora em 06/05/2025
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