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Queimados virou cenário de uma comédia de erros — se não fosse trágico, dava pra rir. O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) reprovou a prestação de contas de mais de R$ 3,3 milhões do programa Projovem Trabalhador durante a gestão do então prefeito Max Lemos, hoje deputado federal. O dinheiro era pra qualificar jovens e ajudar a colocá-los no mercado de trabalho, mas virou fumaça.
Segundo o próprio governo federal, o projeto deveria ter capacitado 2.000 jovens e colocado ao menos 600 no mercado. O resultado? 1.861 qualificados e só 537 com vaga. E olha que nem esses números são confiáveis, porque há suspeita até de jovens fantasmas — nomes que nunca participaram do programa.
Mas o melhor (ou pior) vem agora: quando o atual prefeito de Queimados, Carlos Vilela, foi questionado sobre a lambança, soltou uma bomba — disse ao Ministério que Max Lemos tinha falecido. Isso mesmo. Declarou morte. Tentou enterrar o ex-prefeito e atual deputado federal com uma mentira digna de roteiro de novela das nove.
Só que a Receita Federal foi atrás e descobriu que Max está bem vivo — e com mandato em Brasília. Está vivinho da silva e cheio de seguidores nas redes sociais. O trecho da Nota Técnica nº 6156/2023 do MTE deixa a vergonha registrada oficialmente:
“Carlos Vilela informou o falecimento de Max Rodrigues Lemos, mas a verificação na Receita Federal não encontrou nenhum registro de óbito.”
Ou seja: a desculpa da morte foi mais uma tentativa de fugir da responsabilidade por um rombo milionário. Entre os problemas apontados pelo Ministério estão:
• Licitação com apenas uma empresa, sem concorrência;
• Falta de contratos e notas fiscais;
• Dinheiro usado sem comprovante;
• E gente que nunca pisou no curso recebendo como se tivesse participado.
O risco agora é real: Queimados pode ter que devolver os R$ 3,3 milhões aos cofres da União — com juros e correção. E o povo da cidade, que já sofre com descaso, fica com mais essa conta pra pagar.
Enquanto isso, nas redes sociais, a indignação é geral. Teve gente perguntando se a desculpa da morte foi mesmo o melhor que conseguiram arrumar. Outros já “printaram” tudo pra não deixar o escândalo cair no esquecimento. E tem quem diga que Max Lemos nunca mais pisa em Queimados — pelo menos não sem ser cobrado por isso.
No fim, fica a pergunta que não quer calar: se pra fugir de uma investigação inventaram até morte, o que mais será que estão dispostos a fazer pra não encarar a verdade?
Fonte: QueimadosOnline
Por: Arinos Monge
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