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Em um episódio que revela as fragilidades da democracia local, a vereadora Andreia Zito foi escandalosamente boicotada na escolha dos novos membros das comissões permanentes da Câmara Municipal de Duque de Caxias.
A ausência de sua nomeação como presidente de uma das quase trinta comissões permanentes, mesmo sendo a parlamentar mais experiente entre os 29 componentes da atual legislatura, não apenas desrespeita sua trajetória política, mas também expõe a falta de compromisso da maioria dos vereadores com a qualificação do trabalho legislativo.
Andreia Zito, com quatro mandatos como deputada estadual e federal, é uma figura de destaque na política fluminense. Sua experiência em comissões relevantes e sua atuação em esferas decisórias em Brasília são provas de sua capacidade e dedicação ao serviço público. No entanto, a escolha dos novos membros das comissões foi marcada por uma decisão que ignora essa trajetória.
Em pleno exercício da democracia, 28 vereadores, todos alinhados à base do governo local, decidiram dividir entre si as funções, relegando a ex-deputada a uma posição de invisibilidade.
O que fica claro nessa manobra é que a experiência e o legado de Andreia foram desconsiderados em função de uma estratégia de controle e silenciamento.
A avaliação que permeia essa decisão é de que sua postura crítica em relação ao governo da família Reis a colocou na mira de uma retaliação política.
Essa realidade não é apenas uma questão de descontentamento pessoal, mas um sinal preocupante de que a Câmara Municipal prefere manter uma postura subserviente em relação ao Executivo, em vez de promover um debate qualificado e plural.
Esse episódio nos leva a refletir sobre o papel dos vereadores, especialmente aqueles que foram reeleitos. A reeleição, que deveria ser uma chance de renovação e compromisso com a mudança, parece ter se transformado em um ciclo vicioso de conivência e conformismo.
Ao excluir Andreia Zito das comissões, a maioria reeleita demonstra que, em vez de buscar a excelência e a diversidade nas decisões, opta por manter o status quo, alinhando-se aos interesses do governo em detrimento do bem-estar da população.
A ausência de Andreia nas comissões permanentes não é apenas uma perda para a Câmara, mas um retrocesso para a democracia em Duque de Caxias. É um alerta sobre como a política local pode ser manipulada e como as vozes que se opõem ao poder estabelecido são silenciadas.
É fundamental que a sociedade civil se mobilize e questione essa dinâmica, exigindo uma Câmara Municipal que represente verdadeiramente a pluralidade de ideias e interesses da população, e não apenas os interesses de um grupo restrito.
A luta pela democratização da política passa por reconhecer e valorizar a experiência, a história e a coragem de vozes como a de Andreia Zito. Que esse episódio sirva de reflexão e mobilização para que a Câmara Municipal de Duque de Caxias não se torne um mero apêndice do governo, mas um espaço de debate e construção coletiva.
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