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O Campo de Golfe Olímpico, na Barra da Tijuca, foi palco de importante debate sobre o futuro energético do estado durante o seminário "A força do petróleo do Rio de Janeiro: Um gigante energético". Em entrevista exclusiva ao Jornal da República, o desembargador Werson Rego destacou dados impressionantes que revelam a centralidade do Rio de Janeiro na produção energética nacional: 89% do petróleo e mais de 70% do gás natural produzidos no Brasil têm origem no território fluminense. Segundo ele, esses números demonstram a "magnitude do setor do petróleo e gás para o nosso estado e o que nós representamos na nação".
"Um evento como esse é crucial para o estado do Rio de Janeiro, seja do ponto de vista estratégico, do ponto de vista econômico, do ponto de vista geopolítico." Falar de petróleo e gás é falar da vocação do nosso estado", afirmou o desembargador, ressaltando o impacto financeiro dessa atividade para os cofres públicos. De acordo com Rego, mais de 59% da receita estadual provém do setor petrolífero, que distribuiu cerca de 25 bilhões em royalties ao estado e seus 92 municípios apenas no ano passado.
O seminário contou com presença de peso da classe política fluminense, incluindo o governador Cláudio Castro, deputados federais como General Pazuello e Júlio Lopes, além de deputados estaduais como Célia Jordão, vice-presidente da mesa diretora da Alerj, e o decano Luís Paulo Corrêa. Werson Rego destacou a iniciativa pioneira do governo estadual em criar, em 2023, "a primeira e atualmente única Secretaria de Estado no país a cuidar de energias e da economia do mar", demonstrando a prioridade que o tema recebe na administração atual.
Ao abordar o futuro do setor, o desembargador fez questão de "desmistificar a questão do óleo e gás como uma energia que está em extinção", garantindo que ainda ouviremos falar desses recursos "por muitas e muitas décadas". No entanto, ele enfatizou a necessidade de equilibrar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental, como também ressaltado pelo governador Cláudio Castro em sua apresentação. "É preciso equilibrar o desenvolvimento econômico, a atividade que é tão importante para a economia estadual e nacional, com a necessidade de preservação de um meio ambiente equilibrado e sustentável", explicou.
O desembargador também defendeu a diversificação da matriz energética, com a inclusão de outras fontes como energia eólica offshore, biocombustíveis, energia nuclear e hidrogênio. "Inserir e contextualizar todas elas porque esse somatório é que fará com que as nossas economias, as nossas matrizes energéticas encontrem o desenvolvimento que todas elas precisam", afirmou, completando que, diante da crescente necessidade energética no futuro, todas as fontes precisarão trabalhar "em simbiose e harmonia". Para Rego, o Rio de Janeiro, como "caixa de ressonância de tudo que acontece no país", tem papel fundamental nessa transformação energética que impacta diretamente setores como logística, serviços e educação, além de gerar empregos, renda e desenvolvimento social para todo o Brasil.
Por Robson Talber @robsontalber repórter Oscar Muller @oscarmulleroficial
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